segunda-feira, 15 de abril de 2013

Detetive Espiões da roupa suja



Detetive Espiões da roupa suja

Contratar detetives para provar um adultério
era questão de honra. Hoje, é uma forma de
obter vantagens na separação


 

EX-MARIDO RICO, PENSÃO MODESTA
Desde que se separou, a capixaba Sylvana Carvalhinho trava uma batalha com seu ex-marido por causa da pensão alimentícia do filho, de 4 anos. A família do ex, segundo Sylvana, é milionária, dona de uma empresa de reparos navais, mas está tudo em nome de terceiros. Ele alega na Justiça que é apenas um funcionário da companhia, com salário de 800 reais por mês. Por isso, o juiz determinou uma pensão mensal abaixo desse valor. Sylvana contratou detetive e conseguiu evidências de que o ex leva vida de rico, mas as provas não foram aceitas pelo juiz. "Meu ex-marido circula pela cidade de Audi e Mitsubishi, mas afirma que tudo é emprestado ou presente de família", diz ela, que vai recorrer na Justiça.

www.elementardetetives.com.br
Cônjuges desconfiados de que o parceiro é infiel sempre foram os melhores clientes dos detetives particulares. Com as evidências em mãos, é fácil encostar o traidor ou a traidora na parede e pedir explicações. Diante do aumento no número de divórcios e separações no país nos últimos anos, os serviços de Detetive particular não apenas proliferaram como se prestam a outro objetivo. Hoje, além de quererem comprovar o adultério por razões pessoais, homens e mulheres lançam mão de detetives para obter provas que lhes dêem vantagens jurídicas no processo de separação. "No fim da década de 90, meu escritório investigava seis cônjuges por semana. Agora, o número chega a quinze", diz o detetive São quatro os principais motivos que levam alguém a investigar o parceiro ou o ex-cônjuge:
• Levantar seu patrimônio pessoal para pedir uma pensão alimentícia mais alta.
• Obter provas de adultério para ganhar a guarda dos filhos ou para conseguir se separar mais rapidamente, em caso de litígio.
• Comprovar que o cônjuge colocou os bens no nome de um laranja para deixar o outro sem nada ou para pagar pensão alimentícia menor.
• Buscar evidências de que a ex-mulher ou o ex-marido não tem condições morais ou psicológicas para manter a guarda dos filhos.
Uma pesquisa concluída há dois meses pela advogada paranaense Ana Cecília Parodi em 307 escritórios de advocacia em todo o país mostrou que, entre aqueles especializados em direito de família, 21% utilizam serviços de detetives. Dez anos atrás, esse índice não chegava a 5%. O estudo, que será publicado no próximo livro da advogada, um guia jurídico para leigos, também mostra que um quarto dos escritórios que lançam mão de detetives mantem parceria fixa com alguma agência de investigação. Esse tipo de associação, uma década atrás, era raríssimo. Os escritórios de advocacia ainda investigam por conta própria a maioria dos casos que lhes chegam às mãos. Com a ajuda do cliente, os advogados tentam reunir documentos que vão beneficiá-lo no processo de separação. Mas nem sempre se conseguem evidências contundentes, que provem a roupa suja do cônjuge. Aí é que entra o investigador particular, que pode seguir a pessoa a ser averiguada dia e noite e vasculhar sua vida sem levantar suspeitas. Os detetives cobram de 150 a 500 reais por dia, dependendo da dificuldade do serviço, que dura em média duas semanas.
 

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