terça-feira, 16 de abril de 2013

Polícia Federal cassou os registros das armas de atirador da Aclimação, afirma delegado

Detetive Especialista 

Polícia Federal cassou os registros das armas de atirador da Aclimação, afirma delegado


atirador
Homem feriu três pessoas na última quinta-feira (18) na Aclimação
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O delegado José Marques, titular do 6º Distrito Policial (Cambuci), informou que os registros das cinco armas que estavam no nome do administrador de empresas Fernando Behmer Cesar de Gouveia, 33 anos, foram cassados pela Polícia Federal. Gouveia foi preso na quinta-feira (18), após atirar em três pessoas na Aclimação, região central de São Paulo.
Três armas foram localizadas pela Polícia Militar: uma pistola, uma espingarda calibre 12 e um revólver com luneta. Os policiais apreenderam ainda munições.
— Ele tem cinco registros em nome dele. Foram localizadas três armas, mas as cinco já tiveram registros cassados. Não vou ouvir mais ninguém. A parte da Polícia Civil está praticamente concluída. Só faltam os laudos que vão ser encaminhados oportunamente.
O delegado acrescentou que pretende finalizar, ainda nesta segunda-feira (22), o inquérito sobre o caso. Marques confirmou que foi solicitado à Justiça a realização de um exame psiquiátrico em Gouveia.
— É inevitável (o exame). Ele vai ter que ser submetido à uma avaliação mais apurada. Se for considerado inimputável, não há condenação. Fica sobre resguardo médico. É preciso definir também o que ele precisa para se manter hígido mentalmente.
Sanidade mental
O advogado José Cociolito, contratado pela mãe do administrador de empresas,  também informou, nesta segunda-feira, que o rapaz deve passar pela avaliação de um psiquiatra do Estado.
Gouveia está preso na carceragem do 31º Distrito Policial (Vila Carrão), zona leste da capital, porque atirou em três, depois de receber uma ordem judicial de interdição, entregue por um oficial de Justiça, acompanhado por uma equipe médica e pelo advogado. A ação foi proposta pela mãe dele.
O administrador, que estava na casa de uma amiga - uma psicóloga de 45 anos -, na Aclimação, região central, disparou contra o oficial de Justiça, um enfermeiro e a moradora do imóvel. Ele se rendeu após ficar, por quase nove horas, trancado no sobrado, negociando com a polícia. O homem teria atirado ainda contra três policiais que socorriam as vítimas.

Na delegacia, ele afirmou que agiu em legítima defesa, alegando que, inicialmente, pensou se tratar de bandidos.
 Enfermeiro deixa a UTI
De acordo com Cociolito, o objetivo da ordem judicial, que o oficial de Justiça tentou cumprir na quinta-feira (18), era fazer com que o administrador de empresas fosse submetido a exame psiquiátrico.
— O oficial de justiça cumpriu exatamente o que determinava o despacho. Estávamos ali para levá-lo (Gouveia) para uma avaliação médica. Essa avaliação iria constatar se realmente era o caso de internação ou não.

A ação de interdição teria sido proposta porque o administrador sofreria de esquizofrenia, segundo o advogado, e não estaria recebendo tratamento. — Ele fixa domicilio na casa dela (psicóloga) e fica impossível contato com ele. Depois de várias tentativas de conversa para que se tratasse, não restou outra alternativa senão a medida judicial. A preocupação da mãe era com a saúde dele. Ele precisa de tratamento. As provas no processo são contundentes e robustas. Caso contrário, a Justiça jamais determinaria a avaliação médica.
O Código Penal brasileiro considera entre os inimputáveis, os portadores de doença mental severa. Pela lei, “é isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”.

A lei estabelece que os réus com distúrbios mentais sejam encaminhados para hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico.
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