quinta-feira, 23 de maio de 2013

Detetive tenta extorquir locadora de veículos e é preso em shopping de luxo de SP


Detetive tenta extorquir locadora de veículos e é preso em shopping de luxo de SP
O detetive particular Amadeu Bertho da Silva, 41, foi preso em SP por tentativa de extorsão O detetive particular Amadeu Bertho da Silva, 41, foi preso em SP por tentativa de extorsão



A Polícia Civil em São Paulo prendeu em flagrante um detetive particular suspeito de tentar extorquir uma locadora de veículos em R$ 300 mil. A prisão aconteceu nessa terça-feira (21) em um shopping de luxo na zona oeste da capital, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (22).
De acordo com o delegado titular do 15º DP (Itaim Bibi), Valter Sergio de Abreu, Amadeu Delanhy Bertho da Silva, 41, morador de Olinda (PE), teria colocado à empresa o valor como condição para não a expor em reportagens sobre vazamentos de dados de clientes.
Segundo o delegado, o primeiro contato do detetive aconteceu mês passado, quando ele teria ligado para a locadora e dito que teve acesso a informações de cartões de crédito de clientes dela.
"Ele falou com o diretor jurídico da locadora, afirmou que havia descoberto uma quadrilha de hackers que tinha roubado dados de cartões de clientes, em nível nacional, e ofereceu os serviços de desbaratamento dessa quadrilha para a empresa. O advogado disse que falaria com o alto comando da empresa –na verdade, checaria se os dados tinham vazado", disse o delegado.
No último dia 13, Silva teria mandado um e-mail à locadora no qual afirmara, entre outros pontos, ter sido procurado por um programa de TV para falar sobre "roubo de informações de empresas". "Nisso, ele disse ao diretor jurídico que havia gasto R$ 120 mil só para descobrir o ataque hacker e que podia trabalhar de outras formas para ser recompensado –caso contrário, procurado pelo programa, poderia colocar a empresa como 'vitrine' da matéria e contratar um escritório de advocacia para receber a reclamação dos clientes que fossem lesados pela quadrilha".
Conforme o policial, "a negociação prosseguiu como extorsão" –até que, um dia antes do encontro no café do shopping em São Paulo, o suspeito ainda teria ameaçado expor o caso em programa policial na TV. "Ele argumentou que o apresentador do programa era amigo dele", relatou o delegado.
Abreu afirmou que a prisão aconteceu quando ele receberia o dinheiro para não supostamente levar o caso à mídia. Indagado sobre as provas que subsidiam o indiciamento do detetive, o delegado citou o e-mail enviado à locadora e depoimentos de três funcionários relatando as ameaças.
"A empresa vai fazer uma auditoria interna para saber como parte desses dados de fato vazaram; já nós investigaremos se havia algum funcionário deles alimentando essa fraude", citou, referindo-se a um extrato com dados de cartões de crédito de clientes apresentado pelo detetive e reconhecido pelo diretor da empresa ao saber do suposto ataque hacker.
Silva não tem passagens pela polícia paulista, mas o 15º DP apura se ele tem passagens em outros Estados.
Se deu alguma justificativa ao ser preso? Segundo o delegado, "ele disse que oferecia um serviço para identificação de hackers e prisão dos autores, mas que não podia dizer mais nada a respeito".
O advogado informado na delegacia como representante do detetive não atendeu as ligações nos dois números de celular fornecidos no escritório, nem retornou o pedido de entrevista.
O crime de extorsão prevê pena de quatro a dez anos de reclusão. O detetive foi levado para a carceragem do 91º DP, de onde seria encaminhado a um CDP-2 (Centro de Detenção de Osasco (Grande SP).

Candidato em 2010, detetive não se elegeu

Segundo o levantamento "Políticos do Brasil", do jornalista Fernando Rodrigues, Amadeu foi candidato a deputado estadual em 2010 pelo PPS, em Pernambuco, mas não se elegeu --recebeu 941 votos, ou 0,2% do total.
À época, declarou à Justiça Eleitoral pouco mais de R$ 36 mil em bens.

Polícia prende detetive particular suspeito de tentativa de extorsão

Polícia prende detetive particular suspeito de tentativa de extorsão

Segundo polícia, ele exigiu R$ 300 mil de locadora de veículos.
Detetive teria ameaçado divulgar informações de clientes da empresa.


Um detetive particular, de 40 anos, foi preso em flagrante às 13h45 de terça-feira (21) durante uma tentativa de extorsão a uma locadora de veículos, na Zona Oeste de São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública. O detetive teria exigido R$ 300 mil para não levar informações de clientes da empresa a público em programas televisivos.
De acordo com o delegado Valter Sérgio de Abreu, titular do 15º Distrito Policial, o detetive teria descoberto um grupo de hackers que invadiu o sistema informatizado da locadora. Dessa forma, conseguiu acesso a dados confidenciais de clientes da empresa.
A partir do dia 25 de abril, o detetive entrou em contato com a diretoria da locadora e marcou o encontro de terça-feira. A Polícia Civil conseguiu efetuar a prisão em flagrante.
Em nota, a locadora de veículos informou que tomou as medidas cabíveis. A empresa também esclareceu que as informações de seu banco de dados estão preservadas.