Como iniciar nessa fantástica profissão, que como outras também tem seus espinhos!.
Ao falarmos de Detetive particular no Brasil, para aqueles que não tem nenhum conhecimento de como funciona essa misteriosa profissão parece ser como nos clichés de filmes policiais ou logo lembramos do mais famoso detetive da historia, Sherlock Homes, o emblemático detetive londrino que ate os dias de hoje continua a influenciar as mentes dos mais curiosos da vida alheia. Mas pouco se sabe sobreos mistérios dos detetives particulares brasileiros, muito se fala, mas até hoje não se tem ouvido nada conclusivo ou mais profundo sobre a profissão e que procura tal serviços. Existe milhares de agência de detetives espalhadas no Brasil, e não é mistério que a profissão ainda é carente de uma lei que a regulamente, sabe se também que diversos projetos de leis tramitam na câmara e no congresso recentemente um projeto ganhou destaque na mídia pois foi aprovado na câmara dos deputados o PL 1211/11, mas não é somente isso que os detetives brasileiro necessitam. Hoje para ser detetive é muito mais simples doque se imagina, " basta ter aptidão para resolver problemas alheio", engana se que pensa assim, somenta na cidade de São Paulo já são mais 10.000 detetives cadastrados nas associações e entidades de classe além dos cursos espalhados pela cidade, e esse numero tende cada vez ser maior, levando em consideração que um em cada 5 pessoa que participaram de uma pesquisa teriam vontade de profissionalizar como detetive particular. Assim como em nas outras profissão existe um requisito minimo básico, não para se fazer o curso mais sim para entrar nesse mercado, que parece ser aberto mais se colocarmos uma lupa bem em cima desse têma veremos que não é tão simples assim, Não basta ter somente aptidão para a coisa, existe uma gama de detetives que já estão nesse ramo a anos e alguns passão essa lendaria profissão de geração em geração, não é necessariamente via de regra mais a pessoa que vai iniciar nessa profissão deve estar atenta a isso, para evitar frustrações e problemas mais graves, pois um escritório de um detetive particular, pode se resumir em um verdadeiro confissionário, onde entra todo tipo de pessoas com diversos problemas e embusca de soluções, geralmente quem procura um detetive profissional já sabe oque está acontecendo, (se elas já sabem então oque elas procuram?) somente provas! o detetive particular é um coletador de provas, suas investigações iram se resumir em somente coletar as provas que evidênciam uma traição (em casos conjugais) parece simples. Muito iniciantes na profissão de detetive tem dificuldades em conquistar a confiança dos seus clientes que cada ves mais estão criteriosos e sempre desconfiados, um bom detetive que se preze sabe principamente se estiver em fase inicial que não pode cometer erros que são quase imposivel nessa atividade por se tratar de um serviço complexo e de alto risco agregado. Muitos iniciam na carreira de detetive atuando como free lance de agências, muitas delas utilizam de serviços tercerizados, em suma é claro que os clientes que contratam essas agências não sabem ao certo quem de fato que faz as investigações ou a coleta das provas para tais agências, ficando cada vez mais a merce de um serviço de má qualidade. Iniciar nessa atividade sem antes conhecer bem de perto como funciona pode ser uma forma de perde tempo e dinheiro e arranjar diversos problemas. Aqueles que utrapaçam as barreiras inicial desfrutam de uma profissão fantastica que ao contrário de muitas irá conhecer o mais negro do abismos que um ser humano pode ir para tentar enganar outra pessoa, e o detetive é o profissional responsavel em desmacarar tudo isso.
Nos últimos anos, uma série de abaixo-assinados e petições ganharam
proporções na internet, em redes sociais como o Facebook e em sites que
hospedam petições, omo o avaaz. A última delas foi contra a permanência
do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que reuniu
455 mil assinaturas. Embora muitos tenham uma atitude cética em relação
a esses movimentos, para o professor Celso Figueiredo Neto,
especialista em Comunicação pela Universidade Mackenzie, a internet e as
redes sociais podem não apenas potencializar as formas de participação
do cidadão comum, mas também transformar a própria maneira como ele é
percebido pela classe política. Segundo ele, que trata do tema em artigo
no recém lançado livro Propaganda política - Estratégias e história das mídias (Manhanelli Editorial), a grande novidade desses movimentos é prescindir de líderes carismáticos ou poderosos.
"A grande mudança que as petições via web trazem é a ausência de
líderes. O modelo tradicional exige a presença de políticos de renome
nas manifestações, em cima do carro de som discursando. O modelo baseado
nas redes sociais prescinde de líderes tanto entre os organizadores dos
eventos quanto entre os manifestantes. Repare que em todos os
movimentos citados não sabemos nomear quem está por trás das
manifestações", diz. >>Mais entrevistas ÉPOCA – Uma série de abaixo-assinados tem percorrido à
internet, sobre os mais variados temas. Alguns poucos, como o da
Ficha-Limpa, com dois milhões de assinaturas, tiveram sucesso. Outros,
como o que era contrário à eleição de Renan Calheiros
para presidir o Senado (1,6 milhão), fracassaram. Como podemos medir o
poder real desse instrumento, e o que faz de um abaixo assinado desses
ter poder ou não?
Celso Figueiredo Neto – A tendência é os políticos utilizem as
redes sociais de modo cada vez mais intenso, buscando contato com seus
eleitores. Nessas condições as enquetes promovidas pelos políticos em
seus sites, os abaixo-assinados preenchidos via Facebook e entregues as
autoridades são uma maneira de o político "tirar a temperatura" da
sociedade em relação aos mais variados temas. Por outro lado, essa
aproximação tende a aumentar a cobrança do eleitor/ativista em relação
ao seu deputado. Assim, parece-me haver certo receio por parte dos
políticos de envolverem-se ou encamparem manifestações nas redes
sociais, pois sabem que, se depois, por quaisquer motivos, "traírem" o
movimento, serão cobrados e cobrados nas redes sociais, com potencial
risco para sua imagem pública. Esse é o poder que as redes sociais
parecem estar estabelecendo. Sua capacidade de destruir a imagem pública
desse ou daquele personagem é relevante e muitos políticos não se
aproximam delas ou fingem ignorá-las por receio de serem “trollados”, ou
seja, perseguidos. >>Joaquim Falcão: "A lealdade política não se sobrepõe à livre convicção" ÉPOCA – Neste ano, tivemos importantes manifestações que se
alastraram na internet, como os protestos contra a volta do senador
Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado e o pastor Marco
Feliciano (PSC-SP). Entretanto, nenhuma das duas parece ter surtido
efeito. Quais limites o senhor enxerga nesse 'ativismo de sofá'?
Figueiredo Neto – O ativismo via redes sociais é uma maneira
prática e desvinculada de estruturas políticas tradicionais de
participação popular no sistema político. Entretanto, como é um modo
novo de relacionamento social, esse sistema não tem o mesmo respeito da
sociedade que os modos tradicionais de manifestação. Não podemos
estabelecer limite já que é uma tendência consistente e que mantém em
crescimento constante desde o advento das redes sociais. Como as
manifestações via redes sociais está em franca expansão, seria
precipitado apontar um limite. Fechar os olhos para esse tipo de
participação popular, por outro lado, me parece temerário. ÉPOCA – Por outro lado, causas que tem menos a ver com a rotina
dos partidos e do Congresso em si, como a Marcha da maconha e redução
da maioridade penal, após o assassinato do estudante Hugo Deppman, ou
mesmo o combate à homofobia resultante da polêmica envolvendo o pastor
Feliciano, parecem ter ganhado em simpatizantes até ilustres como FHC em
relação à maconha ou Daniela Mercury em relação ao orgulho homossexual,
embora isso ainda não tenha sido traduzido em conquistas efetivas. É
possível estabelecer algum limite para esse tipo de ação?
Figueiredo Neto – É impossível propor limites para fatos
sociais extremamente recentes. Contudo, o que se pode afirmar é que as
redes sociais tem se demonstrado opção para a sociedade externar seu
pensamento acerca das questões em que está inserida. Um fator que deve
ser considerado é a discrepância entre a pauta do Congresso e a das
redes sociais. É possível considerar a questão da representatividade
política estaria sendo posta em xeque. Uma vez que muitos dos temas
discutidos no Congresso são ignorados pelos cidadãos e, por oposto,
temas socialmente relevantes presentes nas redes sociais são ignorados
pelo Congresso. Nesse sentido é possível enxergar essa questão de duas
maneiras: ou estamos tratando de mundos distintos, paralelos, que não se
relacionam ou estamos diante de um sistema de comunicação, conclamação e
manifestação popular que subverte o sistema político tradicional e
rompe a ideia de representatividade do político em relação à sociedade. >>Fernando Henrique Cardoso: "Há um sentimento mudancista" ÉPOCA – Esse novo tipo de comportamento já demonstra alguma mudança em relação aos antigos modos de se protestar?
Figueiredo Neto – A grande mudança que as petições via web
trazem é a ausência de líderes. O modelo tradicional exige a presença de
políticos de renome nas manifestações, em cima do carro de som
discursando. O modelo baseado nas redes sociais prescinde de líderes
tanto entre os organizadores dos eventos quanto entre os manifestantes.
Repare que em todos os movimentos citados não sabemos nomear quem está
por trás das manifestações. Até agora tínhamos a seguinte situação: um
líder político, artista, ou sindicalista, que alavancava sua notoriedade
abraçando causas e conclamando pessoas a participarem. Primavera árabe,
Occupy Wall Street, Marcha da Maconha e das Vadias, campanhas contra
Renan e Feliciano, nenhuma delas tem uma figura central. É claro que
continua sendo necessário haver alguém para organizar, incentivar,
postar mensagens conclamando os cidadãos, mas não é mais obrigatório se
essa ou aquela determinada pessoa ou rosto. Podemos ler isso como uma
eventual reação ao excesso de celebridades, embora o apoio delas seja
benéfico. Numa perspectiva mais otimista, as redes sociais estariam
trazendo de volta os conceitos originais de democracia. Não custa
sonhar. ÉPOCA – O que falta por parte dos organizadores e também dos
cidadãos brasileiros que participam desses protestos para tornarem suas
manifestações mais efetivas, quer dizer, que consigam maior ressonância
na classe política?
Figueiredo Neto – Ao organizador, cabe a ele a difícil tarefa
de incentivar, conclamar a participação popular sem se tornar
tendencioso ou proselitista. Não é tarefa simples. Para o cidadão,
entendo que a maioria das pessoas que assinam petições como a de Belo
Monte, por exemplo, pouco sabem das várias questões que estão ali
implicadas. Há, portanto, certa superficialidade na população, muitas
vezes assinando uma petição porque é "cool" participar, mudando o nome
para um termo indígena e coisas do gênero. Também, considero que o baixo
comparecimento nos eventos marcados tende a diminuir a força de pressão
desse tipo de manifestação. Mas é preciso levar em conta que mesmo que
tenhamos, digamos 5 mil confirmações de participação em um evento e
apenas 500 pessoas comparecendo, o fato é que 500 pessoas compareceram -
isso é relevante, pois antes dessa ferramenta social, não se conseguia
reunir público em torno de uma demanda social, a não ser com a presença
de grandes celebridades ou em temas de amplo impacto social, como as
diretas já, ou os caras-pintada.
Para petistas, entre eles o ex-presidente Lula, o ministro pode ser a novidade para tirar o PSDB do Bandeirantes
O recente salto da inflação, simbolizado pelos reajustes no preço do tomate, não foi suficiente para abortar a decolagem da pré-candidatura de Guido Mantega ao governo de São Paulo. Pelo contrário. O ministro da Fazenda ganhou força – e novos seguidores no PT paulista, entusiasmados com a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abraçar de vez a empreitada. >>O tomate e a ameaça da inflação
Lula tem dito a interlocutores que a candidatura Mantega em São Paulo seria um grande reforço à luta da presidente Dilma Rousseff
por mais quatro anos no Palácio do Planalto. Segundo o raciocínio,
Mantega pode funcionar como um fio narrativo para o marqueteiro João
Santana enfileirar as conquistas das gestões petistas na área econômica.
Nessa narrativa, Mantega seria apresentado como o ministro que libertou
o Brasil do FMI
(Fundo Monetário Internacional), evitou que o país fosse engolido pela
crise econômica europeia (em 2011) e ajudou Dilma e Lula a tirar milhões
de brasileiros da miséria com os programas sociais federais, o
crescimento do emprego e o incremento do consumo. >>Mantega: governo pode adotar medidas impopulares para controlar a inflação
Mantega, segundo os advogados de sua candidatura, também pode ser
apresentado ao eleitor paulista como um candidato “novo”. Afinal, jamais
disputou uma eleição – assim como Dilma, em 2010, e Fernando Haddad,
na disputa pela prefeitura de São Paulo no ano passado. No caminho do
“plano Mantega”, estão primeiro outros petistas que há muito sonham com o
Palácio dos Bandeirantes. Até agora, o favorito para ficar com a vaga
de candidato do PT é o ministro Aloizio Mercadante
(Educação). Ele conta com a simpatia da presidente Dilma, mas setores
do partido temem que ele seja identificado pelo eleitor paulista como um
“nome antigo”. >>Dilma, Economist e nacionalismo
Mercadante já concorreu ao governo paulista – em 2010 e 2006, quando
sua campanha foi marcada pelo escândalo dos “aloprados” (compra de um
falso dossiê contra tucanos). O ministro acabaria absolvido no Supremo
Tribunal Federal de qualquer acusação. Nada jamais for provado contra
ele, mas os partidários da candidatura Mantega temem que ele não consiga
imprimir à campanha uma marca que vem dando certo em termos eleitorais
ao PT: a da renovação.
O outro adversário de Mantega, o ministro Alexandre Padilha
(Saúde), personifica a novidade política. Também nunca disputou
eleições e tem apenas 41 anos de idade. Padilha está em campanha aberta
dentro do partido e percorre o interior de São Paulo para se tornar mais
conhecido. No entanto, começa a se cristalizar no PT e no governo
federal a ideia de que Padilha não possui uma “marca forte” à frente da
sua pasta. Pesquisas indicam que os brasileiros apontam a saúde como o
principal problema do país, e Padilha não possui no bolso bandeiras com
força eleitoral, como os medicamentos genéricos foram para o tucano e
ex-ministro da Saúde José Serra, em 2002.
Se contar com o apoio de Lula, o maior desafio de Mantega para
viabilizar sua candidatura seria o controle da inflação. Diante da
pergunta “E se a inflação explodir de vez?”, os entusiastas da
candidatura Mantega respondem: “Aí qualquer candidato do PT terá muitas
dificuldades em qualquer eleição”. Em seguida, afirmam achar pouco
provável um cenário de catástrofe econômica até a eleição presidencial,
no final do ano que vem.
Antes de escolher seu candidato para o governo paulista, Lula e o PT
ainda trabalham na primeira fase de sua estratégia para tirar o controle
do Estado do PSDB: a de pulverizar a votação no primeiro turno.
Conforme revelou a coluna de Felipe Patury, com base na mais recente pesquisa realizada pelo PSDB paulista, os tucanos projetam em 50% as chances do governador Geraldo Alckmin
em um eventual segundo turno contra um candidato petista. Seriam
condições iguais para os dois lados na segunda e decisiva etapa da
eleição. Por isso, os tucanos tentarão decidir a eleição já no primeiro
turno, como ocorreu em 2006 e 2010.
A principal lição que os tucanos tiraram da pesquisa diz respeito ao deputado Celso Russomanno
(PRB), que hoje tem de 15% a 17% das intenções de voto. Quando
Russomanno aparece na disputa, as intenções de voto em Alckmin diminuem
consideravelmente. Evitar que o deputado do PRB concorra é o sonho do
PSDB paulista neste momento.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab
(PSD), até agora com sinal verde do PT, constrói sua pré-candidatura e
já começa a montar uma equipe de comunicação. No PT, a esperança é que
ele tire votos de Alckmin na Grande São Paulo. Desde a reeleição de
Mario Covas, em 1998, após uma árdua batalha contra Paulo Maluf
(PP) no segundo turno, os líderes do PSDB paulista não se mostravam tão
apreensivos quanto às chances de manter sua longa hegemonia à frente do
governo de São Paulo. Em conversas reservadas, secretários da gestão
tucana, deputados do partido e responsáveis pelas estratégias de
comunicação e marketing do PSDB prevêem uma campanha difícil para
Alckmin. Os petistas estão cada vez mais animados.
O Ministério Público pediu à Polícia Federal abertura de inquérito
contra Lula. A base do pedido é a denúncia de Marcos Valério, que o
acusa de ter intermediado um repasse de R$ 7 milhões de uma telefônica
para o PT. Valério afirmou que foi a Portugal em 2005 para preparar essa
operação.
O Ministério Público parece que bebe. Será possível que os procuradores
ainda não entenderam? Lula não sabia. Tanto não sabia, que até outro
dia afirmava, para quem quisesse ouvir, que o mensalão não existiu. A
condenação de seus companheiros mensaleiros, aliás, deve ter sido um
choque para ele. Se é que ele já sabe o que aconteceu no Supremo
Tribunal Federal.
É uma injustiça essa suspeita de armação petista para sugar milhões de
uma empresa privada de telefonia. Todos sabem que o PT prefere extorquir
empresas públicas. Até porque as estatais são coisa nossa (deles). Com
tanto trabalho para chegar ao poder e passar a ordenhar os cofres do
Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDES, por que Lula e sua turma
perderiam tempo achacando uma telefônica portuguesa?
Ao receber a notícia sobre o inquérito contra Lula por suspeita de
envolvimento com o valerioduto, José Dirceu reagiu imediatamente. E
disparou o argumento fulminante: o mensalão não existiu. Se existe
alguém com autoridade para afirmar isso, esse alguém é José Dirceu.
Condenado a dez anos de prisão, ele sabe que essas coisas que não
existem podem dar uma dor de cabeça danada. Se Lula não sabia de algo
que não existiu, nada melhor do que ser defendido pelo lendário Dirceu,
guerreiro do povo brasileiro – personagem que também não existe.
Enquanto o filho do Brasil espera esfriar a denúncia do pedágio colhido
com a telefônica, recebe a solidariedade dos fiéis por seu trabalho com
as empreiteiras. Sabe-se agora que Lula fez uma série de viagens
internacionais bancadas por algumas grandes construtoras brasileiras.
Ele explicou que isso foi um ato patriótico – foi ajudar empresas
nacionais a fazer negócios no estrangeiro, para o bem do Brasil. Não
restam mais dúvidas: a vida é bela. E é feita de gestos nobres como
este: um ex-presidente aproveita seu tempo livre para fazer boas ações,
ajudando empresários a ganhar dinheiro no exterior, porque país rico é
país sem pobreza empresarial.
Com tanto trabalho ordenhando estatais, por que perder
tempo com uma telefônica privada portuguesa?
Aí surge um comovente coro de progressistas, éticos e crédulos para
afiançar as turnês lulistas, gritando que Lula não fez nada demais. De
acordo com a nova moral da república companheira, não fez mesmo. Qual o
problema de o líder máximo do partido que governa o país desenvolver uma
relação particular (ou patriótica) com grandes empreiteiras que têm o
governo como cliente? Que mal haveria na ajuda de Lula a empresas
decisivas no jogo político, com suas doações às campanhas eleitorais?
Qual o problema de Lula ter viajado para a Venezuela para arrancar de
Hugo Chávez US$ 1 bilhão, devido a uma dessas empreiteiras, que pagou a
viagem de Lula? E se essa empresa for a mesma que realizará seu sonho de
construir o estádio do seu clube de coração para a Copa do Mundo,
fazendo a alegria de milhões de torcedores-eleitores fiéis?
Não tem problema nenhum. Esse é o Brasil moderno, onde as coisas
acontecem às claras, inclusive o tráfico de influência. A não ser quando
o ministro do Desenvolvimento declara secretos os documentos de
financiamentos do BNDES a Cuba e Angola, para obras dessas mesmas
construtoras amigas de Lula. Deve ser para a imprensa burguesa não meter
o bedelho – sempre uma boa causa. Por acaso, o ministro do
Desenvolvimento é Fernando Pimentel, amigo de Dilma que prestou
consultorias milionárias à indústria de Minas Gerais. Como se sabe,
essas consultorias nunca foram demonstradas. Devem ter sido também
apenas um ato patriótico, nova definição para o velho ditado “uma mão
lava a outra”.
Pelo visto, a mão que nenhuma outra lavou no final das contas foi a do
companheiro Valério – logo ele, que lavou tanto para tanta gente. Agora,
o operador do mensalão que não existiu quer mostrar a mão grande do
chefe. Será mais um susto. Ele não sabia.
Desde 1° de março, a Receita Federal recebe as declarações de ajuste anual do Imposto de Renda
das pessoas físicas. É um momento de dolorosa reflexão para quem é
obrigado a declarar. Pois é quando apuramos a gorda parcela de nossa
renda confiada ao governo, que há séculos mantém a tradição de
administrá-la de maneira, digamos, pouco eficiente.
Se gerir recursos de maneira produtiva e benéfica não é o forte do
Estado brasileiro, a declaração de renda traz uma verdadeira
oportunidade de reaver parte disso. Com rendimentos e bens, podemos
declarar despesas dedutíveis, condições de isenção, investimentos em
previdência e doações, que podem diminuir o imposto devido. Quando
tratada com a devida seriedade, a declaração de renda permite que parte
dos recursos permaneça ou volte para nossos bolsos. No mínimo, isso
melhora nossa condição de prover nossa família com o que é oferecido
precariamente pelo Estado.
É um erro negligenciar essa oportunidade. Muitos contribuintes assumem
esse erro, confiando o preenchimento de sua declaração a terceiros, sem
tomar conhecimento do assunto, ou limitando o controle de suas finanças
ao mínimo necessário.
Assuma essa responsabilidade para você, mesmo que tenha algum trabalho.
Não é errado pleitear elevados valores de restituição, desde que sua
renda esteja declarada e que você tenha gastos dedutíveis para abater.
Também não é errado declarar bens, doações e investimentos informais
(como arte e joias), desde que você comprove a origem do dinheiro.
Muitos contribuintes tentam omitir da Receita Federal informações que
são facilmente rastreadas em contracheques, extratos bancários e faturas
de cartão de crédito. A Receita sabe quando você omite. O preenchimento
preciso da declaração, com o intuito de identificar as vantagens que a
lei lhe permite, é um direito seu e deve ser exercido com
responsabilidade e cuidado.
Seu dinheiro vale mais em sua mão do que confiado ao Estado. Um plano
de previdência privada lhe será mais vantajoso que contribuir ao INSS.
Um plano de saúde oferecerá proteção para sua família superior à do
SUS. Doar a instituições que permitam abater impostos fará com que sua
ação social chegue integralmente a quem precisa.
Restituição do Imposto de Renda
também é uma boa oportunidade de ganhos. Não lamente se, ao deixar para
declarar mais para o fim de abril, sua restituição demorar a cair na
conta. Enquanto a Receita Federal não lhe paga, o saldo a restituir é
corrigido pela taxa Selic, sem tributação sobre a correção. Eis uma rara
situação em que o governo é eficiente com nosso dinheiro, já que não
existe aplicação de renda fixa tão rentável quanto essa.
Nenhum programa de humor me provocou mais risos na semana passada que a
história protagonizada por um senador e um garçom, ambos de Tocantins. O
senador João Costa, do Partido da Pátria Livre (PPL), preparou um
discurso de 14 páginas sobre o aborto. Ao chegar à tribuna, uma
surpresa: o plenário estava vazio. Que fazer? Como falar para cadeiras,
ainda mais em sessão transmitida pela TV Senado? Em vez de cancelar o
discurso, ele decidiu sentar-se no lugar do presidente e recriou a
realidade, encenando uma sessão patética.
O senador João chamou o garçom Johnson Alves Moreira para fazer
figuração. Não sabemos se Johnson posou de senador falso por pena ou se
ganhou uma gratificação de João. Deveria. Johnson ficou em pé por meia
hora, mexendo a cabeça em tom de aprovação, com a câmera focando em sua
calvície e suas costas, numa tentativa de dar credibilidade às palavras
do senador. João abriu o discurso assim: “Senhor presidente, senhores
senadores, senhoras senadoras, senhores e senhoras presentes, e aqueles
que acompanham esta sessão pela rádio e TV Senado...”. Na plateia, só
Johnson.
A história foi relatada em detalhe pela repórter Maria Lima, do jornal O Globo.
A foto também é assinada por ela. Um pequeno texto primoroso, por expor
o ridículo de uma Casa que paga regiamente senadores para não fazer
nada ou quase nada, além de queimar nosso dinheiro na fogueira das
vaidades. Segundo o relato, o “garçom-senador virou motivo de piadinhas
dos seguranças, que sugeriram que ele fizesse um aparte”. Johnson disse
ter gostado da “experiência”.
O senador João encerrou seu discurso sobre “os direitos do nascituro”
com outra simulação, como se houvesse uma fila de senadores para falar:
“Considerando a exiguidade do tempo e o número de oradores, solicito que
as peças do pronunciamento sejam dadas como lidas. Obrigado pela
atenção”. Só faltou a claque.
As dúvidas são: para seus colegas senadores, João Costa não passa de um
João ninguém e, por isso, não interessa sua posição sobre o aborto? Ou
há outros dias de gazeta institucionalizada no Senado, além de segunda e
sexta-feira? Como se sente um senador que finge falar para uma
multidão, diante de cadeiras vazias? A sessão João & Johnson ficará
nos anais do Senado como o “dia do garçom”.
***
Nenhum tema político me causou mais asco na semana passada que a
aposentadoria de Roseana Sarney como servidora do Senado. Ela entrou
para o Senado em 1974, aos 21 anos de idade, sem prestar concurso
público, num “trem da alegria”, chamado por sua assessoria de “processo
seletivo”. Ela só trabalhou como servidora durante três anos, entre 1982
e 1985, quando o pai, José Sarney, já era senador. O Senado informa que
contratou Roseana em novembro de 1984 e que, agora, a aposentou do
cargo de “Analista Legislativo”. É de chorar.
Como deve se sentir
um senador que finge falar
para uma multidão, diante
de cadeiras vazias?
Em 1985, Roseana pediu licença do Senado para acompanhar o pai na
Presidência da República, até 1990. Voltou como senadora e saiu depois
como governadora. Continuou a contribuir para o RPPS, a previdência dos
servidores. Isso é que é visão de futuro... Agora, pediu aposentadoria
integral e ganhou. Roseana, em nota, afirmou que a “aposentadoria ocorre
38 anos depois” de ter começado a “trabalhar” para o Senado. Simples
assim. E legal, ainda por cima.
Roseana receberá por mês, de aposentadoria, R$ 23.859,34. Como
governadora do Maranhão, ganha R$ 15.409,95. O Maranhão, capitania dos
Sarneys, é o Estado com o segundo pior IDH do Brasil – perdeu a primazia
para o Estado de Renan Calheiros, Alagoas. Se Roseana quisesse, poderia
acumular três aposentadorias quando deixasse o cargo atual: como
ex-governadora, ex-senadora e ex-servidora. Porque são fontes
diferentes. É o motivo oficial. No país do rombo na Previdência,
calcula-se que 67% dos aposentados pelo INSS recebam o equivalente ao
salário mínimo: R$ 678. Um sistema de castas duro de engolir, impossível
de explicar.
Roseana teve escola particular de enriquecimento com o pai, que
acumulou todas as fontes de renda possíveis – como o auxílio-moradia
embolsado irregularmente. Há dois anos, o site Congresso em Foco
divulgou que José Sarney recebia um supersalário de R$ 62 mil por mês: a
soma do subsídio de quase R$ 27 mil do Senado aos R$ 35 mil de duas
aposentadorias, no governo no Maranhão e no Tribunal de Justiça
estadual.
Ao contrário do pai, Roseana prometeu “devolver aos cofres públicos” a
parte dos rendimentos que ultrapassar o teto do funcionalismo, R$ 28
mil. Não sabemos como fará isso. Para o Senado, ela não pode devolver
nada. Depositará na conta do Tesouro? Fará um requerimento abrindo mão
de quase um terço de sua remuneração mensal de R$ 39 mil? Doará para a
Fundação Sarney? Vamos esperar para ver. Prometo divulgar seu ato de
generosidade, Roseana.
O atentado de Boston aumentou a preocupação das
autoridades brasileiras com ações terroristas na Copa. Para o Ministério
Público, estamos atrasados
|
>>Esta reportagem faz parte da cobertura especial da edição de ÉPOCA desta semana sobre o atentado em Boston
O que diferencia o terrorismo
do simples homicídio está no nome. Seu objetivo é aterrorizar. Não os
mortos, cujas vidas são interrompidas sem que eles nem saibam o motivo. O
terrorismo espalha o medo entre os vivos, e seus efeitos não escolhem
grupos sociais nem respeitam fronteiras. Prédios de escritórios, bares,
aviões comerciais, trens, metrôs, hotéis, nas Américas, na Europa, na
África ou na Ásia: qualquer lugar pode ser alvo de uma ação terrorista,
desde que ela possa causar um grande número de mortos e espalhar medo.
Com 500 mil pessoas nas ruas para acompanhá-la, a Maratona de Boston
era um alvo potencial. O Brasil não tem histórico de atividades
terroristas, mas organizará, até 2016, alguns dos maiores eventos
esportivos do planeta, com a presença de delegações de todas as partes
do mundo. O Brasil pode ser escolhido por algum grupo armado como palco
de um ataque? Sim. O país pode garantir que um atentado, caso planejado,
não aconteça? Essa é a missão das autoridades brasileiras.
>>O Brasil deve se preocupar com o terrorismo?
Na última quinta-feira (18), às 10h30, o ministro da Defesa, Celso
Amorim, reuniu-se com seus principais auxiliares. Queria saber como
andam os preparativos para garantir a segurança durante a Copa das
Confederações, marcada para junho próximo, e na Copa do Mundo, no ano que vem. A reunião ganhou contornos mais preocupantes após o atentado à bomba em Boston.
Amorim estava especialmente interessado nas informações do general
Marco Antônio Freire Gomes, comandante da Brigada de Operações
Especiais, localizada em Goiânia. Freire Gomes é o responsável pelo
destacamento encarregado das ações contraterrorismo durante grandes
eventos. Essa elite militar conta com 1.200 homens especializados em
atividades delicadas, como o desarme de bombas e artefatos químicos e
radiativos. Entram em ação em situações extremas. Para um país com
histórico pacífico, tamanha preparação pode até parecer desmedida. A
natureza do terrorismo, revelada na tragédia de Boston, prova que não é.
Os preparativos para a segurança dos grandes eventos começaram há cerca
de dois anos. O governo federal distribuiu a responsabilidade da
organização entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça.
Criou até a Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grandes
Eventos (Sesge), responsável por organizar as ações de segurança
pública. É da Sesge a responsabilidade de proteger aeroportos, estradas,
portos, rede hoteleira, locais de exibições públicas, pontos turísticos
e colaborar nos estádios e centros de treinamento. Até a Copa do Mundo
contará com quase R$ 1,2 bilhão para comprar equipamentos e distribuir a
Estados e municípios. Ao Ministério da Defesa, cabe organizar a
proteção ao espaço aéreo, à área marítima e hidroviária, a usinas
hidrelétricas, a subestações de energia e às fronteiras. No caso das
fronteiras, há uma divisão de tarefas com a Sesge. Para cumprir sua
missão, o ministério conta com R$ 768 milhões. As ações de segurança na
Copa serão coordenadas nacionalmente pela Sesge e pelo Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).
As iniciativas do governo, em suas várias esferas, têm sido
acompanhadas de perto pelo Ministério Público Federal. O órgão criou um
Grupo de Trabalho, o GT Copa, que produz balanços trimestrais sobre as
medidas e os gastos para garantir a segurança na Copa das Confederações e
na Copa de 2014. O último Relatório Parcial, produzido pelo procurador
da República José Roberto Pimenta Oliveira e obtido com exclusividade
por ÉPOCA, traz em detalhes o que os órgãos envolvidos têm – ou não –
feito. A conclusão do procurador preocupa. “Considerando que a Copa das
Confederações já será agora e que ela integrava todo esse planejamento, é
manifesto que as providências estão atrasadas”, diz José Roberto
Pimenta. “É necessária uma atuação mais eficiente da administração
pública.”
No final de 2012, o MPF requisitou de todos os órgãos públicos
envolvidos um resumo das medidas tomadas por cada um até então. Os
governos do Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito Federal e Amazonas nem
sequer responderam. Também ficaram em silêncio as prefeituras de
Manaus, Natal e Salvador. A Sesge disse ter executado, já em 2011, seu
ano de criação, um orçamento de mais de R$ 193 milhões, vindos do Fundo
Nacional de Segurança Pública. Ela informou ao MPF ter estabelecido
convênios com secretarias de Segurança estaduais e municipais para
comprar equipamentos e investir em capacitação das polícias e Guardas
Municipais. Entre as principais medidas tomadas, está um convênio com a
Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para implementar o Centro
Integrado de Comando de Controle Nacional Alternativo (CICCNA), um
centro de operações, em construção, na Praça Onze, centro do Rio. A
empresa KPMG foi contratada, por quase R$ 10 milhões, para diagnosticar
os serviços de todos os centros locais, instalados em cada cidade sede,
de processos operacionais a tecnologia da informação e comunicação. A
Sesge também fechou um Termo de Cooperação com a Receita Federal para
comprar equipamentos a ser instalados nas fronteiras, no valor de quase
R$ 40 milhões.
Ainda segundo os dados enviados ao MPF, dos R$ 52 milhões destinados à
Marinha, R$ 29 milhões serão aplicados principalmente em centros de
comando e controle e força de contraterrorismo. O restante será
distribuído para o corpo de fuzileiros navais. A Aeronáutica ficou com
R$ 63 milhões, dos quais grande parte será aplicada em suprimentos e
manutenção de aeronaves, capacitação de recursos humanos e no sistema de
controle do espaço aéreo. O Exército ainda deve um balanço das medidas
tomadas até agora. Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal enviaram
ao Ministério Público Federal explicações genéricas, com relação à
liberação de verbas. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
informou ter firmado um Termo de Cooperação Técnica com a Sesge para a
implementação do Projeto Arena, destinado à avaliação de monitoramento
de riscos em grandes eventos.
Entre os Estados que já responderam os ofícios do Ministério Público,
um dos que mais detalharam suas medidas foi Pernambuco. O governo local
afirmou ter criado a Comissão Estadual de Segurança Pública para grandes
eventos, além de um Comitê Gestor de Ações Estratégicas Integradas.
Pernambuco comunicou ainda ter apresentado uma lista de equipamentos que
devem ser comprados pela Sesge e repassados ao Estado, como 118
pistolas elétricas, um conjunto antibomba e mais de 200 kits de
equipamentos. A prefeitura do Rio de Janeiro disse que colocará 8 mil
guardas municipais nas ruas durante o Mundial.
Além de identificar atraso na preparação geral, o MPF diz se preocupar
com a existência de dois centros de controle, um civil e outro militar.
“O problema será a comunicação desses centros de controle para ter uma
situação relativamente integrada, pois eles precisam ter uma sintonia
perfeita”, diz o procurador Pimenta. A falta de um comando centralizado,
seja na prevenção ou no combate a ações terroristas, já foi um grave
problema no passado. No atentado da Olimpíada de Munique, em 1972, a
existência de várias unidades de comando prejudicou a tentativa de
salvar os atletas israelenses. Em 2001, nos Estados Unidos, a falta de
sintonia entre o FBI e a CIA permitiu que os terroristas da al-Qaeda
realizassem os ataques de 11 de setembro.
ÉPOCA conversou com os responsáveis pela segurança dos grandes eventos
brasileiros. Segundo eles, entre as medidas estratégicas que serão
tomadas para minimizar ameaças à segurança à Copa das Confederações e à
Copa do Mundo estão: 1)vistoria prévia de todos os setores dos estádios,
com o uso de equipamentos de raios X; 2) revista dos torcedores, com
detectores de metal e aparelhos de raios X, além de imagens de circuitos
internos de TV; 3) isolamento de uma área em torno do estádio, para
veículos, num raio de 1 quilômetro a 1,5 quilômetro; 4) criação do
Centro Integrado de Comando e Controle, estrutura de vigilância que
concentrará imagens de câmeras instaladas em aeroportos, caminhões,
helicópteros, ruas e informações colhidas por agentes de segurança; 5)em
partidas consideradas críticas, alocação de um agente de segurança para
cada 30 torcedores; 6) criação de zonas de exclusão do espaço aéreo,
geralmente próximas aos estádios do Mundial; 7) 10 mil membros das
Forças Armadas a postos, como força de contingência para situações
emergenciais; 8) reforço, a partir de maio, da fiscalização das
fronteiras; 9) escoltas e batedores para equipes esportivas.
>>6 caminhos para combater o crime organizado
Neste ano, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude,
no Rio de Janeiro, com a presença do papa Francisco, serão os primeiros
desafios das autoridades. O general José Alberto da Costa Abreu,
coordenador de Defesa da Área Rio nos grandes eventos e comandante da
Primeira Divisão de Exército, diz que, já para os eventos de 2013, um
efetivo de 7.500 homens estará nas ruas cariocas ou pronto para atuar em
ações de defesa – antiterrorismo, defesa química bacteriológica e
controle do espaço aéreo. No aeroporto do Galeão, farão a segurança das
comitivas. “Estaremos bastante invisíveis em nossas funções, o que é
importante em eventos esportivos. Estaremos a postos e controlando tudo
de nosso centro de comando”, afirma. Grupos militares também planejam
estar presentes em áreas estratégicas da infraestrutura da cidade, como
reservatórios de água e subestações de energia elétrica. “Muito se fala
em terrorismo, mas há tipos de sabotagem que podem prejudicar o
andamento dos eventos, caso falte água ou luz na cidade”, afirma.
O Brasil vem treinando equipes de policiais e militares para que
estejam capacitados a enfrentar as situações mais complexas e arriscadas
de um possível atentado terrorista na Copa do Mundo ou na Olimpíada do
Rio. A principal delas é o Batalhão de Forças Especiais do Exército.
Seus integrantes são selecionados entre oficiais voluntários vindos da
Academia Militar das Agulhas Negras ou da Escola de Sargentos das Armas.
Apenas 30% desses voluntários ganham o direito de sustentar, na altura
do ombro, a designação “Forças Especiais”. O processo de seleção não é
para qualquer um – e não há condescendência. Um militar das Forças
Especiais precisa ser forte, ágil, resistente, frio e agressivo. Tem de
atirar com exatidão, saltar de paraquedas e mergulhar com destreza. É a
tropa brasileira que mais se assemelha aos Seals, a unidade de elite da
Marinha americana que matou Osama bin Laden, líder da al-Qaeda.
A existência de dois comandos
de segurança pode ser um
problema na Copa do Mundo
Um galpão de blocos, num terreno do Exército na periferia de Goiânia,
Goiás, é onde as Forças Especiais têm sido treinadas para emergências
militares. Na semana passada, num final de tarde, 12 homens armados
esgueiravam-se silenciosamente, rente à parede externa. Vestiam grossos
uniformes camuflados, forrados com uma camada de carvão ativado, para
evitar a contaminação por agentes químicos. Seus rostos estavam cobertos
com máscaras de gás, equipadas com rádio. Armados com submetralhadoras
MP-5, os homens entravam numa sala atirando e gritando frases em código.
Os tiros acertavam os alvos na cabeça e no peito. A casa invadida era
uma célula terrorista simulada, montada com paredes, móveis, fogão,
geladeira e freezer. A operação treinada pelas Forças Especiais conta
ainda com especialistas em armas químicas, que revistam o local à
procura de produtos perigosos. Parece filme, mas é apenas o tipo de
situação extrema para a qual tropas brasileiras precisam estar
preparadas.
O general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior do conjunto do
Ministério da Defesa, diz que os atentados em Boston serviram para que o
Brasil ficasse ainda mais atento à segurança para os grandes eventos.
“O Brasil está se preparando bem. Temos mandado nosso pessoal para
acompanhar importantes eventos e ganhar experiência”, afirma. O
secretário da Sesge, Valdinho Caetano, nega que a Copa das Confederações
seja apenas um teste para o Brasil, de menor importância. “É um grande
evento, reunirá jogos importantes de grandes seleções. Um teste
pressupõe uma possibilidade de falha. E nós não pressupomos falhas”,
afirma. O governo americano tem elogiado o Brasil em seus preparativos
para a Copa do Mundo. O chefe de segurança da Embaixada dos Estados
Unidos no Brasil, Paul Kennedy, disse a ÉPOCA que, após uma resistência
inicial a falar sobre terrorismo, o Brasil recebeu bem a ajuda americana
na preparação contra esse tipo de ameaça, oferecida em 2011. “Os
brasileiros querem aprender e são abertos a isso.” A ajuda veio em forma
de treinamento. Vinte cursos foram ministrados por agentes americanos
para brasileiros envolvidos na segurança do Mundial de 2014.
O governo reconhece ainda não ter mobilizado a população para o
problema da segurança. Nos Estados Unidos e na Europa, cartazes e
anúncios em alto-falantes em locais de grande movimento alertam as
pessoas sobre os riscos envolvendo objetos abandonados – eles podem ser
uma bomba. Segundo a Secretaria de Grandes Eventos, a Copa das
Confederações não contará com esse tipo de alerta, mas campanhas nesse
sentido poderão ser feitas na Copa do Mundo e na Olimpíada. Para o
delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor de segurança do Comitê
Organizador da Rio 2016, o envolvimento do público será essencial. “Há
cidades frias em relação a grandes eventos. A população do Rio é o
oposto: participa, se orgulha, torce a favor. Cada cidadão ou turista
acaba se sentindo um pouco responsável para que tudo dê certo.” Muitas
coisas nos preparativos, tanto da Copa como da Olimpíada, já não deram
certo – de obras atrasadas a projetos cancelados. A diferença, quando o
tema é segurança, é que essa possibilidade não existe. Se algo der
errado, o custo pode ser a perda de vidas – e a propagação do medo. O
Brasil precisa fazer de tudo para garantir a vitória do esporte e da
celebração sobre o terrorismo.
Houve um tempo em que as pessoas transavam escondido, em lugares
proibidos, e mantinham a discrição. No máximo, confessavam aos melhores
amigos que tinham aprontado horrores numa tal escadaria do prédio ou
naquele banheiro da balada. Agora, caro leitor, o povo compartilha essas
informações numa rede social chamada SexSquare.
Lançado há duas semanas, o aplicativo é um geolocalizador focado no
comportamento sexual dos usuários. A novidade foi inspirada no
FourSquare, responsável por aqueles posts do seus amigos no Facebook…
Sabe quando Fulano avisa que está no bar X e que a caipirinha de lá é
maravilhosa? Ou quando Beltrano conta que fez uma corrida matinal e
marca o Parque do Ibirapuera? Então, no SexSquare você pode dar check-in na(o) gata(o), depois contar sobre o rala-e-rola.
Existem ícones para dizer se foi na água, no carro, no trabalho… “com
amor” ou uma “rapidinha”. Outros para especificar detalhes como os
brinquedos eróticos usados (vibrador, plug anal, estimulador de próstata
etc) e as posições sexuais praticadas (“vaqueira asiática”, “canguru
perneta”, entre outros). O app também pede para classificar a
transa, numa escala que varia de péssimo a épico. É um arraso para gente
com fetiche exibicionista.
Quanto mais check-ins o usuário fizer, mais medalhas ganha.
Se a frequência for admirável, ele leva o título de “Sex Machine” (ou
“máquina de sexo”). Você não precisa se identificar para brincar com o
aplicativo. É possível fazer um cadastro simples aqui - apenas
com apelido, gênero, idade, orientação sexual. Depois, basta escolher
entre 18 avatares disponíveis. O SexSquare, iniciativa da Finger Tips e
da Loja do Prazer, funciona só em celulares com sistema Android e pode
ser baixado gratuitamente.
Detetive da dica de pensarmos como o Sherlock Holmes para uma vida com mais acertos
A psiquiatra russa Maria Konnikova, autora de "Perspicácia", diz que deveríamos tentar ser mais parecidos com o personagem
"Como vai? Vejo que você esteve no Afeganistão”, diz Sherlock Holmes
para o doutor John H. Watson, seu futuro parceiro, logo depois de ser
apresentado a ele. O médico fica atônito e pergunta: “Como você sabe
disso?”. Holmes sorri. “Não importa”, diz. O trecho de Um estudo em vermelho,
uma das histórias mais famosas do detetive londrino criado pelo
escritor Arthur Conan Doyle (1859-1930), revela a característica que
tornou Holmes um dos personagens mais conhecidos e admirados da história
da literatura: sua extraordinária habilidade para desvendar mistérios com base em sua observação aguçada.
Pouco depois, Holmes explica a Watson como “adivinhara” o país de onde
ele viera. “Eis um cavalheiro com aparência de médico, mas com ares de
militar. Está claro, pois, que se trata de um médico do exército. Acaba
de chegar dos trópicos, visto que tem o rosto bronzeado, e esse não é o
tom original de sua pele, como se nota pelos pulsos claros. Enfrentou
privações e doenças, como demonstra claramente seu rosto macilento
(pálido e magro). Teve o braço esquerdo ferido, e agora o mantém em uma
posição rígida e pouco natural. Em que lugar dos trópicos um médico do
exército poderia ter sofrido tantas agruras e ser ferido no braço? No Afeganistão,
evidente.” Para Sherlock Holmes, a explicação era algo elementar. Mas,
se qualquer um de nós se visse, na vida real, diante de alguém com as
mesmas características de Watson, dificilmente chegaria às mesmas
conclusões.
Também não temos as mesmas habilidades de Holmes para desvendar
mistérios e é improvável que sejamos contratados para enfrentar vilões
ou desvendar algum crime. Mesmo assim, a psicóloga russa Maria
Konnikova, da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, diz que deveríamos tentar ser mais parecidos com o personagem. Em seu livro Perspicácia (Elsevier,
256 páginas, R$ 59), ela afirma que pensar – e observar – como Holmes é
o melhor caminho para uma vida com mais acertos e menos problemas em
casa e no trabalho. Fã do detetive, ela diz que a inspiração para o
livro veio da infância, quando seu pai lia as histórias de Holmes para
ela e o irmão antes de dormirem. “É preciso ter imaginação,
criatividade, perspicácia e observação para fazer os mesmos grandes
feitos de Holmes e imaginar opções e soluções para os problemas”, disse
Maria, em entrevista a ÉPOCA. Inspirada na obra de Conan Doyle, ela
descreve no livro dois sistemas distintos de funcionamento do cérebro. O
sistema Watson, segundo Maria, é o modo de preguiça mental, espontâneo e
intuitivo. O sistema Holmes é mais analítico, dedutivo e
ambicioso. Sempre que cometemos deslizes como esquecer onde deixamos as
chaves de casa, a culpa é do sistema Watson, que nos coloca num piloto
automático em que não nos damos conta de nossos atos. O modelo Holmes,
nessa situação, faria a reconstituição de nossos últimos passos e, com
uma memória detalhada, evitaria esquecimentos desse tipo na vida
cotidiana e no trabalho.
>> Você tem mais tempo do que pensa
Na maior parte do tempo, é possível e até recomendável adotar o sistema
Watson e permitir que o cérebro relaxe. O problema é que não
conseguimos agir como Holmes nem mesmo em momentos em que isso seria
muito útil. A culpa é de nossa intuição, que nos sugere respostas fáceis
e agradáveis para as questões do dia a dia e não nos estimula a
analisar todos os fatores envolvidos na solução dos problemas.
Estar estressado, distraído ou mentalmente esgotado é o primeiro passo
para fracassar como candidato a detetive. Nesses estados, costumamos
aceitar algo como verdadeiro sem nos dar ao trabalho de conferir – como
Watson costumava fazer. Nossa capacidade mental é limitada para lidar
com tudo de uma vez só – e por isso, diz Maria, o processo de
confirmação é um dos primeiros a serem deixados de lado. Usando uma
metáfora de Conan Doyle, Maria diz que nosso cérebro é um sótão,
inicialmente vazio, que deve ser mobiliado aos poucos, conforme as
escolhas de seu dono. “Um tolo o abarrota com todas as quinquilharias
que encontra pela frente, a ponto de os conhecimentos que lhe poderiam
ser úteis acabarem soterrados”, diz Holmes a Watson.
Não é possível construir ou organizar um sótão inteiro da noite para o
dia, mas podemos fazer algumas mudanças. A primeira coisa a ser feita
para liberar espaço para o que interessa é refletir sobre os
acontecimentos que nos cercam. Em vários momentos das histórias de
Holmes, o protagonista dedica algum tempo à reflexão, solitária e
silenciosa, sobre a cena do crime e o que poderia ter acontecido ali.
>> À moda do Dr. House
Liberar espaço na memória e tempo para essa reflexão exige que mudemos
nossa forma de lidar com as informações. A melhor maneira de fazer isso,
se nos inspirarmos em Holmes, é descartar informações irrelevantes. Em Um estudo em vermelho,
por exemplo, ele revela um grande desinteresse por astronomia e diz não
se importar com o fato de que a Terra gira em torno do Sol. “Que
importância tem para mim? Se girássemos em torno da Lua, não faria a
mínima diferença para mim ou para o meu trabalho. Farei o possível para
esquecê-lo.” Outra dica de Maria para quem quiser se tornar mais
parecido com Holmes é duvidar de si mesmo. “Adote uma postura cética com
relação a si mesmo e sua própria mente. Examine se algo foi resultado
de um comportamento objetivo ou se não passa de uma impressão
subjetiva”, diz.
A imaginação é o passo seguinte do processo de pensamento de um grande
detetive. Ela permite que, com base na observação detalhada, encontremos
soluções inusitadas para os problemas que enfrentamos. O Nobel de
Física Richard Feynman, um dos maiores cientistas da história,
expressava com frequência sua indignação com a falta de valorização da
imaginação na ciência. “É uma espécie muito interessante de imaginação,
diferente daquela do artista”, disse Feynman. Para ele, o grande feito
imaginativo da ciência é conceber algo que nunca foi visto, mas que seja
tão consistente quanto aquilo que já se conhece e, ao mesmo tempo,
diferente de tudo o que já foi pensado. A descrição se aplicaria às
soluções propostas por Holmes para os mistérios que desvendava em suas
histórias. Feynman é citado por Maria como um exemplo de detetive da
vida real, devido a sua grande capacidade de obse rvação e criatividade.
Na mesma galeria, Maria inclui a cientista polonesa Marie Curie, que
recebeu o Nobel de Física em 1903 e o de Química em 1911, e o médico do
século XIX Joseph Bell, que serviu de inspiração para que Conan Doyle
criasse seu personagem.
>> A doença da pressa
O sucesso de séries de televisão como House, cujo personagem principal é
um médico francamente inspirado em Holmes e famoso por seus
diagnósticos improváveis, mostra que o poder de investigação dos grandes
detetives continua atraindo a atenção do público hoje em dia. Diante do
desafio de imitar os grandes cientistas do passado e alguns dos
personagens de ficção mais perspicazes de todos os tempos, Maria sugere
que não levemos a tarefa muito a sério. Agir como Holmes o tempo todo
seria um exagero inútil e até perigoso. Quando não tinha um mistério
para desvendar, o detetive costumava ficar nervoso e às vezes recorria
até à cocaína. “Deem-me problemas, encham-me de trabalho”, dizia Holmes.
“Poderei assim dispensar todo e qualquer estimulante artificial.” Não
é, evidentemente, um exemplo saudável para o cotidiano. É até bom que
façamos algumas coisas sem atenção, a fim de conservar recursos para
algo mais importante, sem comprometer nossa agilidade de pensamento –
passar horas a fio analisando todos os fatos ao redor pode ser muito
ruim e improdutivo. “Não podemos esperar consultar tudo para cada
escolha que fizermos”, afirma Maria. “Tampouco podemos esperar lembrar
de tudo a que estivermos expostos.”
>> Ter filhos traz mesmo felicidade?
O segredo dos detetives, na vida real, está no constante abastecimento
do cérebro com informações relevantes para o momento e na capacidade de
ignorar todo o resto para concentrar-se em uma tarefa por vez. “Antes de
começar algo, pense no que aquilo vai lhe exigir e no que deverá ser
feito”, afirma a psicopedagoga Irene Maluf, especialista em
neuroaprendizagem. “Se tentarmos fazer uma coisa de cada vez, nos
sobrará tempo ao final do dia.” Para conseguirmos fazer isso no dia a
dia, é necessário desligar o piloto automático na hora certa, encarar
nossas imperfeições com consciência e colocar nosso sótão em ordem,
removendo o que é desnecessário e dando mais espaço para os detalhes que
nos ajudarão a resolver os problemas. Mais que o poder de observação e a
criatividade, o maior talento dos grandes investigadores na ficção e na
vida real está em sua capacidade de assumir o comando sobre seu
pensamento nos momentos mais cruciais. Como disse Holmes, no conto Detetive moribundo, “é estranho como o cérebro controla o cérebro”.
Descobri que meu filho está usando drogas, o que fazer? Detetive especialista da Dicas
Nós da Agência Elementar Detetives Especializados sabemos o quanto é triste ver uma grande parte da população
fazendo uso de drogas, ouvimos e vemos diversos casos por ai muito
triste e chocante, que na maioria das vezes o final não é feliz. É muito
difícil de imaginar esse tipo de problema acontecer com pessoas que
amamos, pois não conseguimos imaginar tal situação acontecendo em baixo
do mesmo teto. Com a facilidade de conseguir as drogas esse mercado
negro tem expandido cada vez mais nos últimos anos, hoje já é possível
encontrar crianças fazendo uso de drogas sem pudor nenhum.
O Detetive descobriu que meu filho está usando drogas, o que fazer?
Como a mãe deve reagir?
Uma das maiores tristezas para uma mãe é descobrir que seu filho está
usando drogas, são anos de dedicação e esforço para dar sempre o melhor
e ter que ver isso indo por água a baixo deve ser muito difícil. Um
viciado não traz o problema somente a ele, mas sim para toda a família.
Ao descobrir que seu filho está fazendo uso de drogas, a primeira reação
e a mais certa a se fazer é sentar e conversar. Ouça o que seu filho
tem a dizer, o questione porque optou esse caminho e pergunte o que ele
acha que seguir nele pode trazer de benefícios. Converse também com a
família, uma segunda opinião e um apoio sempre é bem vindo.
O apoio da família é fundamental
Buscando ajuda de fora
Se o caso estiver critico e o doente não quiser aceitar ajuda, é
importante a mãe procurar ajuda de um profissional, no caso um
psicólogo, pois ele irá orientar a família a lidar com a situação de
maneira mais coerente e racional. Por mais que para uma mãe seja
difícil, se for necessário uma internação não sinta pena do filho, pois
essa pode ser a única forma de evitar situações irreversíveis. Hoje
podemos contar com excelentes profissionais que são especializados
nesses casos, co um tratamento adequado é possível a cura dessa doença
tão triste que é a dependência química. www.elementardetetives.com.br