Introdução sobre investigações da cena do crime
Imagem cortesia do FBI |
A unidade de perícia documenta a cena do crime em detalhes e recolhe qualquer prova física. O promotor público está sempre presente para ajudar a determinar se os peritos necessitam de algum mandado de busca e apreensão, a fim de providenciar este documento com um juiz. O médico legista (no caso de homicídio) pode estar presente ou não para determinar a causa preliminar da morte. Os especialistas (entomologistas, cientistas forenses, psicólogos forenses) podem ser chamados se as provas requererem análises de especialistas. Os detetives interrogam as testemunhas e consultam os integrantes da perícia. Eles investigam o crime seguindo os indícios fornecidos pelas testemunhas e pelas evidências físicas. |
Em uma cena de crime, o perito pode coletar sangue seco de uma vidraça, sem deixar seu braço esbarrar no vidro, para o caso de lá ainda existirem impressões digitais; retirar um fio de cabelo da jaqueta da vítima usando uma pinça, para que o tecido não se mexa e o pó branco caia (que pode ser cocaína ou não) das dobras da manga; usar uma marreta para quebrar a parede que parece ser o ponto de origem de um odor terrível.
Durante todo o processo, a prova física é somente parte da equação. O objetivo final é a condenação do criminoso. Então, enquanto o perito raspa o sangue seco sem estragar nenhuma impressão digital, remove fios de cabelo sem mexer em uma só prova e quebra uma parede da sala, ele está levando em consideração todas as etapas necessárias para preservar as provas na forma original, de como o laboratório pode fazer com que estas provas sejam usadas para reconstruir o crime ou identificar o criminoso aos aspectos legais envolvidos, para que as provas sejam admissíveis pela justiça.
A investigação de uma cena de crime começa quando o centro de investigação recebe um chamado da polícia ou dos detetives do local do crime. O sistema funciona mais ou menos assim:
- o perito investigador (CSI em inglês) chega ao local do crime e se certifica se este foi preservado. Ele faz um reconhecimento inicial da cena do crime, para verificar se alguém mexeu em alguma coisa antes da sua chegada; elabora teorias iniciais com base no exame visual; faz anotações de possíveis provas e não toca em nada;
- o perito documenta cuidadosamente a cena, tirando fotografias e desenhando esboços em um segundo reconhecimento. Às vezes, a fase da documentação inclui também uma gravação em vídeo. Ele documenta o local como um todo, assim como qualquer coisa que seja identificada como uma evidência e ainda não toca em nada;
- agora é hora de tocar os objetos, mas com muito cuidado. O perito sistematicamente abre caminho, recolhendo todas as provas possíveis, etiquetando-as, registrando-as e embalando-as para que permaneçam intactas até chegarem ao laboratório. Dependendo da distribuição de tarefas determinadas pelo centro de investigação, o perito poderá ou não analisar as evidências no laboratório;
- o laboratório criminal processa todas as provas que o perito recolheu no local do crime. Quando os resultados ficam prontos, eles são enviados para o detetive responsável pelo caso.
- Dependendo que exames científicos são necessários ou
solicitados, posso participar do "trabalho de bancada" quando a prova é
analisada no laboratório. Tenho especialização em identificação de
amostras de sangue (respingos de sangue), determinação de trajetória,
sorologia (sangue e fluidos corporais) e fotografia. Também conheço
muitas outras áreas (armas de fogo, impressões digitais, documentos
duvidosos) que podem me auxiliar. Como perito-chefe de cenas de crime do
CBI, o meu papel no local do crime pode envolver uma ou mais das minhas
disciplinas específicas. Embora eu jamais efetue um teste de
funcionalidade de uma arma de fogo aqui no laboratório, o meu papel na
cena do crime será recolher a arma e entender sua relevância como prova
potencial.
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